A quarta mulher que amarrei foi aquela, que como citado anteriormente, a primeira à saber que eu sentia tesão em
amarrar ou ser amarrado.
Apesar
da deliciosa descoberta do truque que aprendi ao amarrar a segunda
mulher, vários fatores me deixavam totalmente inseguro em relação a
conciliar relacionamentos com meu desejos.
A
falta de material sobre o assunto, o medo de que as pessoas
descobrissem este desejo diferente e me discriminassem e principalmente a
minha opinião de me achar meio louco por ter este desejo diferente dos
outros (Não havia internet e eu desconhecia que outras pessoas também
tinham este desejo), me atrapalharam muito em meus relacionamentos.
A sorte, é que a vida é uma escola e assim, mesmo que seja na base no acaso, a gente é obrigado a viver as experiências.
Assim, um dia me apaixonei perdidamente e após 6 meses consegui começar a namorar.
Eu tinha 18 anos e ela 16 e por isso era um namoro adolescente, que na época significava sem havia relações sexuais.
Isso,
na época, facilitou um pouco, porque se tivesse que falar sobre o
assunto, provavelmente o namoro não teria ocorrido e eu como todo
adolescente, morria de medo de perdê-la.
Mas
passado um tempo, a minha vontade de amarrá-la ficava cada vez maior e
mesmo sem entender bem o que era, recorri ao truque aprendido e a
convidei para ver um filme que eu sabia que havia cenas de atrizes
amarradas.
Depois
do cinema eu a levei para uma rua deserta (naquele tempo os casais
namoravam dentro dos carros em ruas desertas) e toquei no assunto da
cena do filme, que aquilo tinha me dado vontade de sequestrá-la para que
ela ficasse sempre comigo.
Como
a reação dela não foi de recusa, pequei uma fita que eu havia deixado
no console do carro, a amarrei e disse que ela tinha ficado muito mais
bonita do que a atriz.
Aproveitei para tirar uma foto dizendo que queira uma lembrança daquele momento.
Foi uma loucura. Amarrar uma mulher que eu amava e ainda consegui tirar fotos de lembrança.
Eu ainda consegui amarrá-la outras vezes, graças a educada ideia de dizer que ela ficava linda amarrada.
Mas, passados dois anos de namoro, ela entrou na faculdade e o assunto sexo logo apareceu.
Tive que perder o medo do assunto.
Inicialmente
achei que foi ótimo, afinal vislumbrei que seria possível conciliar meu
desejo com meu relacionamento, ou seja, como preliminar eu a amarraria e
depois a gente transaria.
Foi assim que resolvi contar a ela que amarrá-la não era apenas diversão, mas sim que aquilo me dava um tesão enorme tesão
O efeito não foi bem o esperado. Ela ficou encucada com o assunto e queria saber porque eu sentia isso.
Como já disse, eu não tinha a menor ideia do porque e nem do que se tratava (Eu só sabia que me dava tesão).
Não
demorou muito e um dia ela chegou com cara de assustada dizendo que
havia conversado com uma amiga na faculdade e que a mesma lhe mostrou
uma revista de uma coleção de sexo que vendia nas bancas.
A
revista trazia uma reportagem sobre sadomasoquismo e as ilustrações
eram fotos de mulheres amarradas sendo que uma delas estava amarrada com
correntes.
Achei aquilo bem estranho, porque apesar da mulher estar amarrada, não gostei nada de vê-la amarrada com correntes.
E ao ler a matéria entendi porque ela estava assustada.
A
reportagem era sobre sadomasoquismo e falava coisas sobre dominação,
submissão, dor, uso de chicotes, pingos de velas e etc, tudo bem
diferente do que eu gosto.
Tentei explicar a ela que eu não gostava de nada disso.
Falei que o que eu gostava era apenas de amarrar e ver uma mulher amarrada, mas ela não me entendeu.
Ela achou que no futuro eu iria querer isso tudo.
Foi
péssimo, afinal mesmo eu sabendo que não gostava de nada disso, sem
saber explicar o que era este tesão, como eu iria convencê-la de que
isso não iria acontecer?
Como explicar que existiam outros tipos de fantasias se na época eu não tinha a menor ideia disso?
Assim, nosso namoro começou a esfriar até acabar.